5º Encontro

Ex 22-40

21 • setembro • 2025

Visão geral

Segundo livro do Pentateuco e da Torá. O Êxodo narra a saída de Israel da escravidão do Egito, a condução pelo deserto e a aliança no Sinai. É o livro da libertação, da revelação da Lei e da formação de um povo santo. Apresenta Moisés como mediador, figura de Cristo, e mostra que Deus é o Senhor que vê, escuta e liberta.

Dados essenciais

  • Língua original: Hebraico bíblico

  • Títulos: שׁמְוֹת (Shemot) – “Nomes” (heb.); Ἔξοδος (gr.) – “Saída”; Exodus (lat.)

  • Coleção: Pentateuco / Torá

  • Autoria/tradição: Atribuído a Moisés; redação final no Exílio (sécs. VI–V a.C.)

  • Cenários: Egito, deserto do Sinai, Canaã

  • Horizonte histórico: século XIII a.C. (época de Ramessés II, segundo hipótese mais aceita)

Megatemas (palavras-chave)
Escravidão e Libertação; Aliança; Lei e Culto; Páscoa; Presença de Deus; Santidade.

Nomes de Deus no Êxodo
YHWH (Eu sou), Adonai (Senhor), Ha-Shem (O Nome).


Estrutura do conteúdo

I) Libertação do Egito (Ex 1–18)
  • Israel no Egito: descendência de Jacó, escravidão e clamor do povo.

  • Vocação de Moisés: nascimento, sarça ardente, revelação do Nome divino.

  • Pragas e Páscoa: sinais contra o faraó, libertação, cordeiro pascal.

  • Saída e travessia do mar: passagem pelo mar, cântico de vitória.

II) Caminhada no deserto (Ex 19–24)
  • Maná e água: sustento de Deus no caminho.

  • Combate e alianças: Josué surge; Moisés intercede pelo povo.

  • Aliança no Sinai: teofania, Decálogo, Código da Aliança.

III) Presença de Deus e santificação (Ex 25–40)
  • Santuário e culto: instruções sobre a Arca, Tabernáculo e sacerdócio.

  • O bezerro de ouro: ruptura e renovação da Aliança.

  • A presença de Deus: a nuvem e a glória enchem o Tabernáculo.


Como ler com o Theophilus

  • Cristo no centro: o cordeiro pascal aponta para Cristo, o Cordeiro de Deus.

  • Ouvir e rezar: o Êxodo é memorial da Páscoa, lido à luz da Eucaristia.

  • Personagens e sinais: Moisés, Aarão, o maná, a sarça ardente – todos revelam a pedagogia divina.

  • Em comunhão com a Igreja: o Decálogo e a Aliança iluminam a vida cristã.


Para aprofundar no encontro

  • Leituras da semana: capítulos do Êxodo conforme o plano do Theophilus.

  • Materiais: PDF (apostila), slides, referências ao Catecismo e obras de arte.

  • Objetivo: reconhecer em Cristo o novo Moisés e aprender a viver a liberdade que vem de Deus.

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Resumo

Nesta etapa do Êxodo (Ex 16–24), Israel aprende a viver a liberdade recebida: Deus o conduz pelo deserto com providência (maná, água da rocha, vitória sobre Amalec), estabelece uma ordem de justiça (juízes) e, no Sinai, sela a Aliança entregando o Decálogo e o Código da Aliança. A liberdade, portanto, não é só “saída do Egito”, mas vocação à santidade e comunhão com Deus.

Dados essenciais

  • Livro: Êxodo (recorte: Ex 16–24; com prenúncio de Ex 25–26)

  • Cenários: Deserto de Sin e Refidim; região do Horeb/Sinai

  • Personagens-chave: Deus (YHWH), Moisés, Aarão, Jetro, Josué, o povo de Israel

  • Tempos litúrgicos e sociais: doação da Lei, juízes, festas, culto

  • Horizonte histórico: tradição do êxodo (memória fundante de Israel)

Megatemas (palavras-chave)
Providência; Aliança; Lei (Decálogo e Código); Culto e Santidade; Justiça e Vida social; Deserto e Provação; Presença de Deus.

Conexões no Novo Testamento
Mt 27,50–51 (o véu rasgado: acesso a Deus aberto em Cristo); Hb 10,19–25 (entrar no Santuário pelo sangue de Jesus: plenitude do culto e da Aliança).


Estrutura do conteúdo

I) A caminhada no deserto (Ex 16–18)
  • Mara: águas amargas tornadas doces por ordem de Deus.

  • Maná e codornizes: pão cotidiano da providência; pedagogia do “pão de cada dia”.

  • Água da rocha (Refidim): Deus faz brotar água para o povo sedento.

  • Combate contra Amalec: intercessão de Moisés, cooperação de Aarão e Hur, ação de Josué.

  • Jetro e os juízes: conselho para instituir chefes/juízes e organizar a justiça em Israel.

II) A Aliança no Sinai (Ex 19–24)
  • Chegada e preparo (Ex 19): teofania, santificação do povo, constituição como “reino de sacerdotes”.

  • O Decálogo (Ex 20): 10 palavras que ordenam o amor a Deus e ao próximo; fundamento moral e cultual.

  • Código da Aliança (Ex 21–23): leis civis, penais, sociais e cultuais (direitos, reparações, justiça nos tribunais, proteção do fraco, ano sabático, sábado, festas).

  • Conclusão/ratificação (Ex 24): leitura do “livro da aliança”, sacrifícios, sangue da aliança, subida de Moisés ao monte.

(Prenúncio) III) Prescrições do santuário (Ex 25–26)
  • Tabernáculo e Arca: instruções para a Tenda da Reunião, a Arca, mesa dos pães, candelabro, cortinas, véu e armação — sinal da presença de Deus no meio do povo.


Como ler com o Theophilus

  • Cristo no centro: a Lei prepara a graça; o véu rasgado (Mt 27,50–51) e Hb 10,19–25 iluminam o Tabernáculo e o acesso ao Pai.

  • Ouvir e rezar: o deserto educa para a confiança diária (maná) e para a obediência amorosa (Decálogo).

  • Vida em aliança: contemplar como a justiça social, o descanso (sábado) e as festas ordenam a vida inteira para Deus.

  • Comunhão e missão: o povo torna-se “reino sacerdotal” para servir e interceder pelas nações.


Para aprofundar no encontro

  • Leituras da semana: Ex 16–24 (e, como leitura de avanço, Ex 25–26).

  • Materiais: apostila e slides; trechos paralelos de Mt 27,50–51 e Hb 10,19–25; referências do Catecismo (Lei/Decálogo, culto e liturgia).

  • Objetivo: reconhecer que a liberdade cristã floresce como vida de aliança: confiança na providência, culto verdadeiro e prática da justiça.

O culto a Deus no Levítico: o culto e os ministros

Resumo

O livro do Êxodo (Ex 1–21) narra a libertação do povo de Israel da escravidão no Egito e a revelação da Lei no Sinai. É o livro da aliança: da opressão à liberdade, da escravidão à adoração. Israel torna-se não apenas um povo liberto, mas uma assembleia cultual convocada para viver na presença de Deus.

Dados essenciais

  • Língua original: Hebraico

  • Coleção: Pentateuco / Torá

  • Autoria/tradição: Moisés e tradição oral/escrita de Israel

  • Cenários: Egito, deserto, Monte Sinai

  • Horizonte histórico: c. século XIII a.C. (êxodo histórico com releitura cultual)

  • Megatemas: libertação, aliança, culto, lei, presença de Deus


Estrutura do conteúdo (Aprofundamento)

  • Chamado e missão de Moisés: o libertador escolhido por Deus e enviado ao Faraó.

  • Páscoa e travessia do mar: ato salvífico que inaugura o culto pascal e a identidade do povo.

  • Aliança no Sinai: entrega do Decálogo como caminho de liberdade e comunhão.

  • O Tabernáculo: Deus arma sua tenda no meio do povo; presença, mediação e santidade.

  • Sacralidade do culto: a liberdade é para servir e adorar o Deus verdadeiro.


Como ler com o Theophilus

  • Cristo no centro: Jesus é o Cordeiro Pascal; Moisés prefigura Cristo mediador.

  • Ouvir e rezar: a Lei do Sinai encontra plenitude no Sermão da Montanha.

  • Personagens e promessas: acompanhar Moisés e o povo para reconhecer a fidelidade de Deus.

  • Em comunhão com a Igreja: a Liturgia atualiza o êxodo definitivo de Cristo.


Aprofundamento espiritual

  • Liberdade verdadeira: não apenas social, mas espiritual — ser livre para Deus.

  • Tabernáculo: antecipa a Encarnação (Deus que “habita” entre nós) e a Igreja, templo do Espírito.

  • Culto como dom: não é invenção humana; o próprio Deus indica como deseja ser adorado.


Taxonomia

  • Existentes: Testamento (Antigo) · Livro (Êxodo) · Seção (Pentateuco).

  • Novas: Tema — “Culto e Tabernáculo no Êxodo” · Categoria teológica — “Aliança e Liturgia” · Figuras tipológicas — “Moisés → Cristo mediador; Cordeiro Pascal → Cristo Cordeiro”. (nova)

CIC 1964: A Lei de Moisés como preparação ao Ev

Resumo

“Moisés descendo o Sinai com as Tábuas da Lei”, de Gustave Doré

As ilustrações de La Grande Bible de Tours constituem uma série de 241 gravuras em madeira concebidas pelo artista, gravador e ilustrador francês Gustave Doré para uma edição de luxo da tradução francesa (1843) da Bíblia Vulgata, popularmente conhecida como “Bíblia de Tours”. Há vários exemplares preservados em museus e bibliotecas.

Doré (1832–1883) produziu centenas de ilustrações bíblicas de altíssima qualidade ao longo da vida. Suas imagens circularam em Bíblias de diversos idiomas na Europa do século XIX e, posteriormente, nas Américas. Esta gravura, em particular, representa Moisés descendo o Monte Sinai com as Tábuas da Lei, momento narrado no livro do Êxodo, antes do episódio em que as primeiras tábuas são quebradas devido à idolatria do bezerro de ouro.

Dados da obra

  • Artista: Gustave Doré (1832–1883)
  • Ano: 1866
  • Técnica: Gravura em madeira
  • Cena: Moisés descendo o Monte Sinai com as Tábuas da Lei

Contexto bíblico e a ilustração

  • A primeira quebra das tábuas: Após receber as primeiras tábuas no Sinai, Moisés desce e encontra o povo adorando o bezerro de ouro; indignado, lança-as ao chão e as quebra.
  • A criação das novas tábuas: Deus ordena que Moisés talhe duas novas tábuas. Ele sobe novamente ao monte e recebe, de Deus, os Dez Mandamentos.
  • O rosto resplandecente: Ao descer com as novas tábuas, o rosto de Moisés resplandece sem que ele o perceba; os israelitas, ao verem esse brilho, temem, sinal de uma autoridade conferida por Deus.

Análise da gravura de Doré

  • O momento escolhido: Doré retrata a descida de Moisés com as tábuas, e não a cena da quebra.
  • Expressão e luz: A fisionomia de Moisés comunica autoridade e a gravidade da mensagem divina. O “brilho” visualmente sugerido traduz sua santidade e a proximidade de Deus.
  • Cenário dramático: O Sinai surge como paisagem árida e imponente; nuvens e luminosidade criam atmosfera teofânica. Ao pé da montanha, o povo de Israel indica o destino do mensageiro e da Lei.
  • Autoridade divina: A composição sublinha o caráter sagrado da Lei e o papel mediador de Moisés diante de Deus e do povo.

Síntese

A gravura “Moisés descendo o Sinai com as Tábuas da Lei”, de Gustave Doré, oferece uma poderosa representação da santidade e da autoridade de Moisés ao trazer a Lei ao povo. A obra evidencia sua relação singular com Deus e o peso salvífico da mensagem confiada a Israel.

ARTE: Ilustração "Moisés descendo o Sinai com as Tábuas da Lei", de Gustav Doré - Ex 34

Resumo

“Moisés descendo o Sinai com as Tábuas da Lei”, de Gustave Doré

“As ilustrações de La Grande Bible de Tours são uma série de 241 gravuras em madeira, projetadas pelo artista, gravador e ilustrador francês Gustave Doré para uma edição de luxo da tradução francesa de 1843 da Bíblia Vulgata, popularmente conhecida como a ‘Bíblia de Passeios’.” Existem várias cópias em museus e bibliotecas. O artista francês Gustave Doré (1832–1883) produziu centenas de ilustrações de qualidade sobre histórias bíblicas. Essas obras foram usadas em Bíblias de diversos idiomas na Europa do século XIX e depois nas Américas.

Esta gravura representa Moisés descendo do Monte Sinai com as Tábuas da Lei. A cena retrata o momento descrito no Livro do Êxodo, quando, após receber os mandamentos de Deus, Moisés desce da montanha trazendo as tábuas de pedra, antes de quebrá-las devido à idolatria do povo com o bezerro de ouro.

Detalhes sobre a obra

  • Artista: Gustave Doré (1832–1883)
  • Ano: 1866
  • Técnica: Gravura em madeira
  • Cena representada: Moisés descendo o Monte Sinai com as Tábuas da Lei

Contexto Bíblico e a Ilustração

  • A primeira quebra das tábuas: Após receber as primeiras tábuas, Moisés desceu e encontrou o povo adorando o bezerro de ouro. Em fúria, quebrou-as ao chão.
  • A criação das novas tábuas: Deus ordenou que Moisés talhasse duas novas tábuas, sobre as quais escreveu novamente os Dez Mandamentos.
  • A visão de Moisés ao descer: Seu rosto resplandecia sem que ele soubesse, e os israelitas temeram ao vê-lo, interpretando como sinal de autoridade divina.

Análise da Obra de Doré

  • O momento: Doré retrata a descida de Moisés, não a quebra das tábuas.
  • A expressão de Moisés e a luz: O rosto transmite autoridade, santidade e o peso da mensagem divina. A “luz” simboliza a presença de Deus.
  • Cenário dramático: O Sinai é representado com rochas, nuvens densas e raios, transmitindo grandiosidade e temor. Ao pé do monte, aparece o povo de Israel.
  • A autoridade divina: A gravura reforça o caráter sagrado da Lei e a autoridade de Moisés como mensageiro de Deus.

Em resumo: a obra de Gustave Doré é uma poderosa representação artística da autoridade e santidade de Moisés ao trazer a Lei ao povo de Israel. Transmite a dimensão divina da missão de Moisés e a grandeza da mensagem de Deus para a humanidade.

Nesta sexta semana, a Escritura conduz Israel do Sinai de Pedra ao Sinai da Presença. O Êxodo se cumpriu com o Tabernáculo erguido (cf. Ex 40,34). Do Sinai de pedra, onde a Lei ressoava em fogo e trovões, surge agora o Sinai da Presença: fogo que arde sem consumir, trovões que despertam sem temor; e esta força que outrora impunha, hoje convoca, suavemente, à escuta e à entrega. Neste novo Sinai, o Altíssimo chamará Moisés (cf. Lv 1,1), e dele brotarão palavras que desvelarão o mistério dos sacrifícios. Diante do altar ainda vazio, o povo será convocado a oferecer animais, grãos e incenso, para que o nada se converta em presença (cf. Lv 1–7). Cada holocausto manifesta a entrega pura do coração (cf. Lv 1,3-4); cada oferta de cereais, a dedicação dos frutos da vida e do trabalho (cf. Lv 2,1-2); cada oferta de paz, a comunhão que serena o espírito (cf. Lv 3,1-17); e cada sacrifício pelo pecado, a purificação que dissipa a sombra interior (cf. Lv 4,1-35). Do sopro divino nasce a vocação sacerdotal (cf. Lv 8–10). Aarão e seus filhos são separados não por mérito, mas por eleição. Moisés unge-os com óleo santo (cf. Lv 8,12), veste-os com túnicas e lhes impõe o peso e a glória do sacerdócio. O altar recém-inaugurado, receberá sangue, pão e carne: cada sacrifício traduz a alma, o humano sobe em fumaça e o divino desce em fogo (cf. Lv 8,14-30). Mas o mesmo fogo que consagra também julga: Nadabe e Abiú tombarão ao oferecer chama estranha (cf. Lv 10,1). Eis o mistério da santidade: graça e exigência, vida e juízo. Enquanto o sacerdócio se firma e o altar ainda exala o perfume das ofertas, a voz do Altíssimo se inclinará agora para as tendas do povo, não mais falando de sacrifícios, mas daquilo que toca a vida em sua intimidade mais concreta: o comer, o tocar, o nascer, o adoecer. É a pedagogia do Altíssimo que recorda: “Sede santos, porque Eu sou santo” (cf. Lv 11,44) — mostrando que a santidade não habita apenas no templo, mas invade o cotidiano, onde cada gesto pode ser oferta e cada detalhe, liturgia (cf. Lv 11-15). No sopro da instrução, o Altíssimo designará um dia para a reconciliação do Seu povo: “Nesse dia se fará propiciação por vós… e sereis purificados” (cf. Lv 16,30). Do perdão nasce a vida restaurada, lembrando que “a vida está no sangue” (cf. Lv 17,11), e todo sacrifício não é apenas rito, mas selo da aliança divina. É desse perdão que o fôlego do povo passará a circular, renovando-se como vida restaurada, santificada. E, assim, cada gesto, cada palavra e cada passo se tornarão reflexos da presença divina entre eles. No sopro desse chamado, surgirão os limites que preservarão a vida: o corpo, o sangue, os vínculos familiares e sociais (cf. Lv 18,6-30). Neste caminho santo, os sacerdotes, mediadores da presença divina, deverão refletir essa santidade em suas vidas, conduzindo o povo pelo exemplo. Seus corpos, palavras e vínculos familiares deverão refletir o cuidado e a reverência que conduzirão o povo à presença divina. (cf. Lv 21,6-24). Eis, aí, o Deus Santifificador!

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Exemplo: Encontro de Domingo - Gênesis 38-50