Segundo livro do Pentateuco e da Torá. O Êxodo narra a saída de Israel da escravidão do Egito, a condução pelo deserto e a aliança no Sinai. É o livro da libertação, da revelação da Lei e da formação de um povo santo. Apresenta Moisés como mediador, figura de Cristo, e mostra que Deus é o Senhor que vê, escuta e liberta.
Dados essenciais
Língua original: Hebraico bíblico
Títulos: שׁמְוֹת (Shemot) – “Nomes” (heb.); Ἔξοδος (gr.) – “Saída”; Exodus (lat.)
Coleção: Pentateuco / Torá
Autoria/tradição: Atribuído a Moisés; redação final no Exílio (sécs. VI–V a.C.)
Cenários: Egito, deserto do Sinai, Canaã
Horizonte histórico: século XIII a.C. (época de Ramessés II, segundo hipótese mais aceita)
Megatemas (palavras-chave)
Escravidão e Libertação; Aliança; Lei e Culto; Páscoa; Presença de Deus; Santidade.
Nomes de Deus no Êxodo
YHWH (Eu sou), Adonai (Senhor), Ha-Shem (O Nome).
Israel no Egito: descendência de Jacó, escravidão e clamor do povo.
Vocação de Moisés: nascimento, sarça ardente, revelação do Nome divino.
Pragas e Páscoa: sinais contra o faraó, libertação, cordeiro pascal.
Saída e travessia do mar: passagem pelo mar, cântico de vitória.
Maná e água: sustento de Deus no caminho.
Combate e alianças: Josué surge; Moisés intercede pelo povo.
Aliança no Sinai: teofania, Decálogo, Código da Aliança.
Santuário e culto: instruções sobre a Arca, Tabernáculo e sacerdócio.
O bezerro de ouro: ruptura e renovação da Aliança.
A presença de Deus: a nuvem e a glória enchem o Tabernáculo.
Cristo no centro: o cordeiro pascal aponta para Cristo, o Cordeiro de Deus.
Ouvir e rezar: o Êxodo é memorial da Páscoa, lido à luz da Eucaristia.
Personagens e sinais: Moisés, Aarão, o maná, a sarça ardente – todos revelam a pedagogia divina.
Em comunhão com a Igreja: o Decálogo e a Aliança iluminam a vida cristã.
Leituras da semana: capítulos do Êxodo conforme o plano do Theophilus.
Materiais: PDF (apostila), slides, referências ao Catecismo e obras de arte.
Objetivo: reconhecer em Cristo o novo Moisés e aprender a viver a liberdade que vem de Deus.
Nesta etapa do Êxodo (Ex 16–24), Israel aprende a viver a liberdade recebida: Deus o conduz pelo deserto com providência (maná, água da rocha, vitória sobre Amalec), estabelece uma ordem de justiça (juízes) e, no Sinai, sela a Aliança entregando o Decálogo e o Código da Aliança. A liberdade, portanto, não é só “saída do Egito”, mas vocação à santidade e comunhão com Deus.
Dados essenciais
Livro: Êxodo (recorte: Ex 16–24; com prenúncio de Ex 25–26)
Cenários: Deserto de Sin e Refidim; região do Horeb/Sinai
Personagens-chave: Deus (YHWH), Moisés, Aarão, Jetro, Josué, o povo de Israel
Tempos litúrgicos e sociais: doação da Lei, juízes, festas, culto
Horizonte histórico: tradição do êxodo (memória fundante de Israel)
Megatemas (palavras-chave)
Providência; Aliança; Lei (Decálogo e Código); Culto e Santidade; Justiça e Vida social; Deserto e Provação; Presença de Deus.
Conexões no Novo Testamento
Mt 27,50–51 (o véu rasgado: acesso a Deus aberto em Cristo); Hb 10,19–25 (entrar no Santuário pelo sangue de Jesus: plenitude do culto e da Aliança).
Mara: águas amargas tornadas doces por ordem de Deus.
Maná e codornizes: pão cotidiano da providência; pedagogia do “pão de cada dia”.
Água da rocha (Refidim): Deus faz brotar água para o povo sedento.
Combate contra Amalec: intercessão de Moisés, cooperação de Aarão e Hur, ação de Josué.
Jetro e os juízes: conselho para instituir chefes/juízes e organizar a justiça em Israel.
Chegada e preparo (Ex 19): teofania, santificação do povo, constituição como “reino de sacerdotes”.
O Decálogo (Ex 20): 10 palavras que ordenam o amor a Deus e ao próximo; fundamento moral e cultual.
Código da Aliança (Ex 21–23): leis civis, penais, sociais e cultuais (direitos, reparações, justiça nos tribunais, proteção do fraco, ano sabático, sábado, festas).
Conclusão/ratificação (Ex 24): leitura do “livro da aliança”, sacrifícios, sangue da aliança, subida de Moisés ao monte.
Tabernáculo e Arca: instruções para a Tenda da Reunião, a Arca, mesa dos pães, candelabro, cortinas, véu e armação — sinal da presença de Deus no meio do povo.
Cristo no centro: a Lei prepara a graça; o véu rasgado (Mt 27,50–51) e Hb 10,19–25 iluminam o Tabernáculo e o acesso ao Pai.
Ouvir e rezar: o deserto educa para a confiança diária (maná) e para a obediência amorosa (Decálogo).
Vida em aliança: contemplar como a justiça social, o descanso (sábado) e as festas ordenam a vida inteira para Deus.
Comunhão e missão: o povo torna-se “reino sacerdotal” para servir e interceder pelas nações.
Leituras da semana: Ex 16–24 (e, como leitura de avanço, Ex 25–26).
Materiais: apostila e slides; trechos paralelos de Mt 27,50–51 e Hb 10,19–25; referências do Catecismo (Lei/Decálogo, culto e liturgia).
Objetivo: reconhecer que a liberdade cristã floresce como vida de aliança: confiança na providência, culto verdadeiro e prática da justiça.
O livro do Êxodo (Ex 1–21) narra a libertação do povo de Israel da escravidão no Egito e a revelação da Lei no Sinai. É o livro da aliança: da opressão à liberdade, da escravidão à adoração. Israel torna-se não apenas um povo liberto, mas uma assembleia cultual convocada para viver na presença de Deus.
Dados essenciais
Língua original: Hebraico
Coleção: Pentateuco / Torá
Autoria/tradição: Moisés e tradição oral/escrita de Israel
Cenários: Egito, deserto, Monte Sinai
Horizonte histórico: c. século XIII a.C. (êxodo histórico com releitura cultual)
Megatemas: libertação, aliança, culto, lei, presença de Deus
Chamado e missão de Moisés: o libertador escolhido por Deus e enviado ao Faraó.
Páscoa e travessia do mar: ato salvífico que inaugura o culto pascal e a identidade do povo.
Aliança no Sinai: entrega do Decálogo como caminho de liberdade e comunhão.
O Tabernáculo: Deus arma sua tenda no meio do povo; presença, mediação e santidade.
Sacralidade do culto: a liberdade é para servir e adorar o Deus verdadeiro.
Cristo no centro: Jesus é o Cordeiro Pascal; Moisés prefigura Cristo mediador.
Ouvir e rezar: a Lei do Sinai encontra plenitude no Sermão da Montanha.
Personagens e promessas: acompanhar Moisés e o povo para reconhecer a fidelidade de Deus.
Em comunhão com a Igreja: a Liturgia atualiza o êxodo definitivo de Cristo.
Liberdade verdadeira: não apenas social, mas espiritual — ser livre para Deus.
Tabernáculo: antecipa a Encarnação (Deus que “habita” entre nós) e a Igreja, templo do Espírito.
Culto como dom: não é invenção humana; o próprio Deus indica como deseja ser adorado.
Existentes: Testamento (Antigo) · Livro (Êxodo) · Seção (Pentateuco).
Novas: Tema — “Culto e Tabernáculo no Êxodo” · Categoria teológica — “Aliança e Liturgia” · Figuras tipológicas — “Moisés → Cristo mediador; Cordeiro Pascal → Cristo Cordeiro”. (nova)
As ilustrações de La Grande Bible de Tours constituem uma série de 241 gravuras em madeira concebidas pelo artista, gravador e ilustrador francês Gustave Doré para uma edição de luxo da tradução francesa (1843) da Bíblia Vulgata, popularmente conhecida como “Bíblia de Tours”. Há vários exemplares preservados em museus e bibliotecas.
Doré (1832–1883) produziu centenas de ilustrações bíblicas de altíssima qualidade ao longo da vida. Suas imagens circularam em Bíblias de diversos idiomas na Europa do século XIX e, posteriormente, nas Américas. Esta gravura, em particular, representa Moisés descendo o Monte Sinai com as Tábuas da Lei, momento narrado no livro do Êxodo, antes do episódio em que as primeiras tábuas são quebradas devido à idolatria do bezerro de ouro.
A gravura “Moisés descendo o Sinai com as Tábuas da Lei”, de Gustave Doré, oferece uma poderosa representação da santidade e da autoridade de Moisés ao trazer a Lei ao povo. A obra evidencia sua relação singular com Deus e o peso salvífico da mensagem confiada a Israel.
“As ilustrações de La Grande Bible de Tours são uma série de 241 gravuras em madeira, projetadas pelo artista, gravador e ilustrador francês Gustave Doré para uma edição de luxo da tradução francesa de 1843 da Bíblia Vulgata, popularmente conhecida como a ‘Bíblia de Passeios’.” Existem várias cópias em museus e bibliotecas. O artista francês Gustave Doré (1832–1883) produziu centenas de ilustrações de qualidade sobre histórias bíblicas. Essas obras foram usadas em Bíblias de diversos idiomas na Europa do século XIX e depois nas Américas.
Esta gravura representa Moisés descendo do Monte Sinai com as Tábuas da Lei. A cena retrata o momento descrito no Livro do Êxodo, quando, após receber os mandamentos de Deus, Moisés desce da montanha trazendo as tábuas de pedra, antes de quebrá-las devido à idolatria do povo com o bezerro de ouro.
Em resumo: a obra de Gustave Doré é uma poderosa representação artística da autoridade e santidade de Moisés ao trazer a Lei ao povo de Israel. Transmite a dimensão divina da missão de Moisés e a grandeza da mensagem de Deus para a humanidade.
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