3º Encontro

Gênesis 38-50

7 • setembro • 2025

Visão geral

Primeiro livro da Bíblia e do Pentateuco. Apresenta os começos: do mundo, da humanidade, do pecado e da história da salvação que Deus conduz por alianças (Noé, Abraão) até os patriarcas. É a porta de entrada para toda a Escritura.

Dados essenciais

  • Língua original: Hebraico (com traços aramaicos)

  • Títulos: Γένεσις (gr.), Genesis (lat.), Bereshit (heb.) — “no princípio”

  • Coleção: Pentateuco / Torá

  • Autoria/tradição: Moisés e tradição oral/escrita do povo de Israel

  • Cenários: Mesopotâmia, Canaã, Egito

  • Horizonte histórico: das origens à época dos patriarcas

Megatemas (palavras-chave)
Começos; Desobediência e Pecado; Aliança e Obediência; Prosperidade; Israel; Rivalidade entre irmãos.

Nomes de Deus em Gênesis (exemplos)
Elohim (Deus), YHWH Elohim (SENHOR Deus), El Elyon (Deus Altíssimo), El Shaddai (Deus Todo-Poderoso), Deus Eterno, “Deus que me vê”.


Estrutura do conteúdo

I) As origens do mundo e da humanidade (Gn 1–11)
  • Criação e paraíso (Gn 1–3): obra dos seis dias; criação do homem e da mulher; queda.

  • Primeiras gerações (Gn 4–6): Caim e Abel; descendências; “filhos de Deus e filhas dos homens”.

  • Dilúvio e nova aliança (Gn 6–9): corrupção, arca de Noé, saída, arco-íris e nova ordem.

  • Depois do dilúvio (Gn 9–11): tábua das nações; torre de Babel; genealogias até Abraão.

II) História dos Patriarcas (Gn 12–36)

Ciclo de Abraão (Gn 12–25)

  • Vocação e promessas; aliança e circuncisão; intercessão por Sodoma; sacrifício de Abraão; nascimento de Isaac; bênçãos e sepultamentos.
    Isaac e Jacó (Gn 25–36)

  • Esaú e Jacó; direito de primogenitura; sonho de Jacó; Labão, casamentos e filhos; luta com Deus; reconciliação com Esaú; violência em Siquém; nascimento de Benjamim; doze tribos.

III) História de José (Gn 37–50)
  • José e os irmãos; venda ao Egito; tentação e prisão; interpretação dos sonhos; fome e reencontro; descida de Jacó ao Egito; bênçãos finais; morte de Jacó e de José.


Como ler com o Theophilus

  • Cristo no centro: ler Gênesis à luz do Evangelho e da história da salvação.

  • Ouvir e rezar: deixar que as alianças (Noé, Abraão) iluminem a aliança nova em Cristo.

  • Personagens e promessas: seguir patriarcas, provações e fidelidade de Deus.

  • Em comunhão com a Igreja: recorrer ao Catecismo e aos Padres para as passagens difíceis.


Para aprofundar no encontro

  • Leituras da semana: capítulos indicados no plano (ver “Materiais do encontro”).

  • Materiais: PDF (roteiro), slides, citações do CIC e obras de Bíblia & Arte.

  • Objetivo: crescer na fé com clareza, constância e comunidade.

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Resumo

Visão geral

Os capítulos finais de Gênesis narram a vida de José, filho de Jacó, que passa de escravo vendido por seus irmãos a governador do Egito. Sua trajetória revela como a providência divina transforma a dor em salvação, preparando o caminho para a formação do povo de Israel no Egito. José é uma figura de Cristo: rejeitado, humilhado e depois exaltado, torna-se instrumento de vida e reconciliação.

Dados essenciais

  • Personagem central: José, filho de Jacó e Raquel.

  • Temas: providência divina, perdão, reconciliação familiar, fidelidade a Deus.

  • Cenário: Canaã e Egito.

  • Horizonte histórico: período patriarcal, transição para a permanência no Egito.

  • Palavras-chave: sonho, escravidão, fidelidade, perdão, reconciliação, providência.


Estrutura do conteúdo

  • José e seus irmãos (Gn 37): a túnica, a inveja e a venda de José.

  • Judá e Tamar (Gn 38): contraste moral dentro da família de Jacó.

  • José no Egito (Gn 39–41): fidelidade diante da tentação, prisão injusta, interpretação de sonhos e exaltação como governador.

  • Fome e reconciliação (Gn 42–45): encontros com os irmãos, a taça em Benjamim e revelação de sua identidade.

  • Descida a Egito (Gn 46–47): acolhida de Jacó e política de José.

  • Últimos dias de Jacó (Gn 48–50): bênçãos, morte de Jacó e reconciliação final dos irmãos com José.


Megatemas

  • Providência divina: Deus age mesmo nos males, conduzindo-os para o bem (Gn 50,20).

  • Fidelidade: José permanece íntegro diante das provações.

  • Perdão e reconciliação: restauração da fraternidade entre José e seus irmãos.

  • Figura de Cristo: humilhação, sofrimento e exaltação de José prefiguram a Páscoa de Jesus.


Como ler com o Theophilus

  • Cristo no centro: José é um tipo de Cristo, que salva e reconcilia.

  • Ouvir e rezar: deixar-se guiar pela confiança em Deus diante das adversidades.

  • Personagens e promessas: observar como Deus usa a história de uma família marcada por rivalidades para realizar Seu plano de salvação.

  • Em comunhão com a Igreja: os Padres viram em José o anúncio do Cristo Servo e Salvador.


Para aprofundar no encontro

  • Leituras da semana: Gênesis 37–50.

  • Materiais: PDF, slides, Catecismo (providência e perdão) e obras de Bíblia & Arte.

  • Objetivo: aprender com José a confiar na providência divina, perdoar de coração e reconhecer em Cristo o verdadeiro Salvador.

Introdução ao Êxodo - Faraó - Decálogo - Imagens

Resumo

Visão geral

O livro do Êxodo narra a saída dos hebreus do Egito, a condução pelo deserto e a entrega da Lei no Sinai, marcando a Aliança que torna Israel o povo de Deus. É um relato central da fé bíblica, que mostra a ação libertadora do Senhor, a resistência do Faraó e a pedagogia divina pela Lei e pelo culto. Também prepara o caminho para Cristo, o verdadeiro libertador, cuja Páscoa dá pleno sentido ao Êxodo.

Dados essenciais

  • Data histórica: c. 1250–1200 a.C.

  • Personagens principais: Moisés, Aarão, Faraó, povo de Israel.

  • Temas centrais: libertação, aliança, Lei, culto.

  • Cenário: Egito, deserto do Sinai, Canaã.

  • Palavras-chave: êxodo, Páscoa, coração endurecido, pragas, Decálogo.

Estrutura do conteúdo

  • I – A saída do Egito: multiplicação do povo, opressão, chamado de Moisés, pragas e travessia do Mar dos Juncos. Êxodo como libertação e obra de Deus.

  • II – O Faraó e o coração endurecido: símbolo da resistência humana a Deus. O texto mostra três expressões: “o coração endureceu”, “o Faraó endureceu” e “o Senhor endureceu”. O sentido é teológico: revelar o poder e a glória de Deus (Ex 9,16).

  • III – O Decálogo: entregue no Sinai (Ex 20), regula a vida religiosa e social. Há diferentes divisões dos mandamentos (judaica, helenista e agostiniana). A Igreja Católica segue a tradição de Santo Agostinho, distinguindo dois preceitos no “não cobiçarás”.

Megatemas

  • Libertação: Deus tira o povo da escravidão.

  • Aliança: o Sinai como pacto sagrado.

  • Lei: o Decálogo como caminho de vida.

  • Culto: adoração a Deus como sinal de fidelidade.

Como ler com o Theophilus

  • Cristo no centro: o Êxodo é figura da Páscoa de Cristo.

  • Ouvir e rezar: ver a libertação do Egito como experiência espiritual.

  • Personagens e promessas: Moisés como mediador da Lei, antecipando Cristo.

  • Em comunhão com a Igreja: ler à luz do Catecismo (CIC 2052-2557).

Para aprofundar no encontro

  • Leituras da semana: Êxodo 1–20.

  • Materiais: Apostila, slides, Catecismo, textos patrísticos e obras de arte.

  • Objetivo: compreender o Êxodo como paradigma da salvação, viver a liberdade em Deus e ver no Decálogo um caminho de comunhão.

Semelhanças Moisés e Jesus

Resumo

Visão geral

A apresentação mostra as semelhanças entre Moisés e Jesus, destacando como a vida do legislador do Antigo Testamento antecipa a missão do Salvador no Novo. Moisés foi libertador do povo de Israel; Jesus é o libertador da humanidade. Ambos são pastores, intercessores, rejeitados por seu povo e marcados por sinais extraordinários, revelando a continuidade da história da salvação.

Principais paralelos

  • Infância ameaçada: Faraó e Herodes tentaram matar os meninos; ambos foram preservados por intervenção divina.
  • Egito como refúgio: Moisés foi colocado no Nilo; Jesus levado a Belém–Egito por José e Maria.
  • Juventude oculta: pouco se sabe sobre Moisés e Jesus até a vida adulta.
  • Papel real: Moisés foi príncipe do Egito; Jesus é o Príncipe da Paz.
  • Pastores: Moisés cuidou do rebanho; Jesus é o Bom Pastor que dá a vida pelas ovelhas.
  • Libertação: Moisés tirou Israel da escravidão; Jesus liberta do pecado e da morte.
  • Sinais e prodígios: Moisés fez milagres no Egito; Jesus realizou inúmeros milagres.
  • A Lei e as Bem-aventuranças: Moisés recebeu a Lei no Sinai; Jesus trouxe a Nova Lei no Sermão da Montanha.
  • Jejum de 40 dias: ambos viveram um período de provação e oração.
  • Oferta de vida: Moisés intercedeu pelo povo; Jesus entregou-se na cruz.
  • Rejeição: tanto Moisés como Jesus foram rejeitados pelos seus próprios.

Mensagem central

Moisés é figura profética de Cristo. Sua missão de libertar Israel, trazer a Lei e conduzir o povo à terra prometida encontra sua plenitude em Jesus, que traz a libertação definitiva do pecado, a Nova Lei do amor e a promessa da vida eterna. O paralelo mostra que o Antigo Testamento prepara e aponta para o Novo, revelando a unidade do plano de salvação de Deus.

Nesta quarta semana, da Terra de Gosen ao Rio Nilo, a Escritura nos conduz do exílio ao êxodo (cf. Ex 1-21). O tempo correrá como as águas do grande rio, e o nome de José se apagará do coração do Egito, como folha seca que o vento espalha pelos confins da terra; e a terra dos faraós — outrora ferida pela fome — voltará a se cobrir de ouro, trigo e poder. Mas da abundância que enche os celeiros, se erguerá a sombra do medo. E do coração endurecido pela soberba, a justiça se inclinará à tirania; a luz da inocência será ofuscada pelas trevas da dor, e a crueldade, impiedosa, decretará: “Jogai os meninos ao Nilo” (cf. Ex 1,15–22). Contudo, onde a morte é decretada, Deus semeia vida. Eis que, no Egito da opressão, um sopro de esperança começará a se erguer. Na terra de Gosen, lugar de provisão e refúgio, nascerá o clamor do povo oprimido; não como grito de guerra, mas como suspiro de fé; não como rebelião pelo poder, mas como esperança por justiça (cf. Ex 2,23–25). E o clamor que sobe ao Altíssimo encontrará resposta: do ventre das águas do rio, que sustentara a terra dos opressores, nascerá Moisés: Salvo das águas e criado no coração do império. Pela mão do Altíssimo será lançado ao deserto como vento cortado (cf. Ex 2,1–15). Ali, aos pés da montanha, no fogo que ardia e não se consumia, ouvirá a voz do Altíssimo: “Vi a opressão do meu povo no Egito, ouvi suas queixas contra os opressores…e desci para livrá-los” (cf. Ex 3,7- 8). Como o rio que retorna ao seu curso pelas mãos do Altíssimo, Moisés regressará, não como príncipe de ouro, mas como pastor da esperança. Cada sinal que dele brotar revelarão a mão do Senhor sobre a história, proclamando: “Para que saibas que Eu sou o Senhor” (cf. Ex 7,5; 10,12) e anunciando a liberdade: “Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da escravidão” (cf. Ex 20,2). E o Altíssimo, que fez o rio seguir seu curso e o vento anunciar a l iberdade (cf. Ex 12,1–30), conduzirá o povo protegido pelo sangue do cordeiro. À beira do Mar, Moisés cantará, Miriam dançará, e a nação, antes escrava, se erguerá livre, guiada pela mão do Senhor rumo à Terra da promessa (cf. Ex 15,1– 21). Mas a liberdade percorrerá o deserto — caminho onde o pão cairá do céu, a água brotará da rocha, e o Egito interior morrerá. Ali, o Altíssimo provará corações, quebrará dependências e ensinará confiança (cf. Ex 16–17). E da liberdade concedida, os filhos de Israel alcançarão o Monte Sinai e ali, não encontrarão apenas um monte, mas um chamado. Aos pés do Monte, o Altíssimo entregará identidade, lei e propósito: “Sereis para mim um reino de sacerdotes e uma nação santa”’ (cf. Ex 19,6). E a mão do Senhor guiará o povo do exílio ao êxodo, rumo à terra da promessa, onde esperança e liberdade se encontrarão. Eis, aí, o EU SOU!

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Exemplo: Encontro de Domingo - Gênesis 38-50