Levítico – Semana 7
Nesta sétima semana, Israel permanecerá no Sinai da Presença, aprendendo a santidade do Santo que o chama (cf. Lv 22-27; Nm 1-7).
Tendo instruído os caminhos da santidade para todo Israel e para os sacerdotes (cf. Lv 1–21), o Altíssimo voltará a falar ao coração dos filhos de Aarão. Agora, os chamará a guardar com zelo as ofertas santas, lembrando que quem toca no altar deve antes deixar-se tocar pela santidade d’Aquele que é Santo (cf. Lv 22).
Consagradas as mãos que ofertam e elevados os sacrifícios que sobem, o Altíssimo se voltará ao tempo, santificando os dias e as estações, de modo que o trabalho, o repouso e a celebração se tornem testemunhos de Sua presença e, da luz dessa presença, Sua Palavra se faz ouvir:
“Falai ao povo sobre os meus tempos santos.”
Lv 23,2
O sábado interromperá o correr dos dias, ensinando Israel a descansar no coração de Deus (cf. Lv 23,3). A Páscoa e os Pães Ázimos farão o povo voltar ao Êxodo, lembrando que foram libertos pela mão poderosa do Senhor (cf. Lv 23,4-8). As Primícias e o Pentecostes consagrarão a colheita, para que o primeiro e o último fruto pertençam a Deus (cf. Lv 23,9-22). As Trombetas soarão como despertar o coração à escuta (cf. Lv 23,23-25). O Dia da Expiação mergulhará toda a nação na misericórdia, purificando até o silêncio da alma (cf. Lv 23,26-32) e Tabernáculos encerrará o ciclo, fazendo Israel levantar tendas na memória, revivendo os dias do deserto, quando o Senhor era sombra no calor e fogo na noite (cf. Lv 23,33-44).
Consagradas as mãos e purificados os corações, o Altíssimo dirigirá a Moisés instruções onde luz, pão e lei se entrelaçarão (cf. Lv 24,1-9): Na luz que ilumina, no pão que sustenta e na lei que corrige, Israel aprenderá que a fidelidade ao Nome mantém acesa a vida e a santidade do coração (cf. Lv 24,10-23).
Neste tempo de instrução, o Altíssimo ordenará o tempo e a terra: ano sabático e jubileu renovarão vidas, ofertas e votos selarão fidelidade, e entre bênçãos que fecundam e correções que ensinam, o povo e a terra elevam-se a um cântico contínuo de luz, pão e lei (cf. Lv 25-27).
E sob a luz e o pão que iluminam e sustentam, Israel será contado, ordenado e purificado; os levitas ungidos, as leis entregues, a bênção sacerdotal proclamada e o altar dedicado, tornando o Tabernáculo e o povo morada viva do Altíssimo, santo em tempo, espaço e coração, onde cada gesto e sinal do santuário revela a presença de um Deus que guia, fortalece e corrige (cf. Nm 1-7).
Eis, aí, o Deus da consagração.

































































