2º Encontro

Gênesis 22-37

31 • agosto • 2025

Visão geral

Primeiro livro da Bíblia e do Pentateuco. Apresenta os começos: do mundo, da humanidade, do pecado e da história da salvação que Deus conduz por alianças (Noé, Abraão) até os patriarcas. É a porta de entrada para toda a Escritura.

Dados essenciais

  • Língua original: Hebraico (com traços aramaicos)

  • Títulos: Γένεσις (gr.), Genesis (lat.), Bereshit (heb.) — “no princípio”

  • Coleção: Pentateuco / Torá

  • Autoria/tradição: Moisés e tradição oral/escrita do povo de Israel

  • Cenários: Mesopotâmia, Canaã, Egito

  • Horizonte histórico: das origens à época dos patriarcas

Megatemas (palavras-chave)
Começos; Desobediência e Pecado; Aliança e Obediência; Prosperidade; Israel; Rivalidade entre irmãos.

Nomes de Deus em Gênesis (exemplos)
Elohim (Deus), YHWH Elohim (SENHOR Deus), El Elyon (Deus Altíssimo), El Shaddai (Deus Todo-Poderoso), Deus Eterno, “Deus que me vê”.


Estrutura do conteúdo

I) As origens do mundo e da humanidade (Gn 1–11)
  • Criação e paraíso (Gn 1–3): obra dos seis dias; criação do homem e da mulher; queda.

  • Primeiras gerações (Gn 4–6): Caim e Abel; descendências; “filhos de Deus e filhas dos homens”.

  • Dilúvio e nova aliança (Gn 6–9): corrupção, arca de Noé, saída, arco-íris e nova ordem.

  • Depois do dilúvio (Gn 9–11): tábua das nações; torre de Babel; genealogias até Abraão.

II) História dos Patriarcas (Gn 12–36)

Ciclo de Abraão (Gn 12–25)

  • Vocação e promessas; aliança e circuncisão; intercessão por Sodoma; sacrifício de Abraão; nascimento de Isaac; bênçãos e sepultamentos.
    Isaac e Jacó (Gn 25–36)

  • Esaú e Jacó; direito de primogenitura; sonho de Jacó; Labão, casamentos e filhos; luta com Deus; reconciliação com Esaú; violência em Siquém; nascimento de Benjamim; doze tribos.

III) História de José (Gn 37–50)
  • José e os irmãos; venda ao Egito; tentação e prisão; interpretação dos sonhos; fome e reencontro; descida de Jacó ao Egito; bênçãos finais; morte de Jacó e de José.


Como ler com o Theophilus

  • Cristo no centro: ler Gênesis à luz do Evangelho e da história da salvação.

  • Ouvir e rezar: deixar que as alianças (Noé, Abraão) iluminem a aliança nova em Cristo.

  • Personagens e promessas: seguir patriarcas, provações e fidelidade de Deus.

  • Em comunhão com a Igreja: recorrer ao Catecismo e aos Padres para as passagens difíceis.


Para aprofundar no encontro

  • Leituras da semana: capítulos indicados no plano (ver “Materiais do encontro”).

  • Materiais: PDF (roteiro), slides, citações do CIC e obras de Bíblia & Arte.

  • Objetivo: crescer na fé com clareza, constância e comunidade.

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Resumo

Visão geral

O ciclo dos Patriarcas (Gn 12–36) introduz a figura de Abraão, pai da fé, chamado por Deus para deixar sua terra e receber uma promessa de bênção e descendência. Essa parte de Gênesis marca o início da história da salvação em chave pessoal e familiar: Deus se revela, faz alianças e guia Seu povo. O relato mostra a fé em meio a provações, a fidelidade de Deus e os caminhos da promessa que se cumprem através de Abraão, Isaac e Jacó.

Dados essenciais

  • Língua original: Hebraico

  • Personagem central: Abraão (pai da fé), seguido por Isaac e Jacó

  • Tema principal: a promessa divina de terra, descendência e bênção

  • Palavras-chave: fé, aliança, promessa, obediência

  • Cenários: Harã, Canaã, Egito, Gerara

  • Horizonte histórico: patriarcal (c. XIX–XVIII a.C.)

Megatemas (palavras-chave)
Chamado e vocação; fé e confiança; promessa e descendência; alianças; obediência radical; intercessão; fidelidade de Deus.


Estrutura do conteúdo

II) História dos Patriarcas (Gn 12–36)
  • Ciclo de Abraão (Gn 12–25): vocação; promessas de terra e descendência; aliança e circuncisão; intercessão por Sodoma; nascimento de Isaac; sacrifício de Abraão; morte e sepultamento.

  • Ciclo de Isaac e Jacó (Gn 25–36): nascimento dos gêmeos Esaú e Jacó; disputa pela primogenitura; sonho de Jacó; casamentos e filhos; luta com Deus; reconciliação com Esaú; violência em Siquém; doze tribos de Israel.


Como ler com o Theophilus

  • Cristo no centro: Abraão é figura da fé cristã; sua obediência e confiança apontam para a entrega total de Cristo.

  • Ouvir e rezar: a promessa feita aos Patriarcas alcança seu cumprimento na Nova Aliança em Cristo.

  • Personagens e promessas: perceber como Deus se revela fiel às alianças, mesmo diante das falhas humanas.

  • Em comunhão com a Igreja: ler à luz do Catecismo e dos Padres, reconhecendo Abraão como “pai de todos os que creem”.


Para aprofundar no encontro

  • Leituras da semana: Gênesis 12–36.

  • Materiais: PDF do roteiro, slides, trechos do Catecismo e obras de arte relacionadas.

  • Objetivo: fortalecer a fé aprendendo com Abraão, Isaac e Jacó a viver a obediência, a confiança e a perseverança.

Resumo

Visão geral

O ciclo dos Patriarcas (Gn 12–50) apresenta a história de Abraão, Isaac, Jacó e José, figuras centrais na formação do povo de Deus. Neles, a fé, as fragilidades humanas e a fidelidade divina se encontram, mostrando como Deus conduz a história por meio de alianças, promessas e bênçãos. A vida dos patriarcas é uma escola de fé, confiança e perseverança, preparando a revelação plena em Cristo.

Dados essenciais

  • Patriarcas: Abraão (pai da fé), Isaac (filho da promessa), Jacó (Israel, origem das 12 tribos) e José (figura de Cristo).
  • Promessa divina: terra, descendência e bênção universal (Gn 12,1-3).
  • Cenário: Mesopotâmia, Canaã e Egito.
  • Horizonte histórico: período patriarcal (c. XIX–XVIII a.C.).
  • Palavras-chave: fé, aliança, promessa, obediência, providência.

Estrutura do conteúdo

  • Abraão (Gn 12–25): chamado por Deus a deixar sua terra, recebe a promessa de ser pai de uma grande nação. Figura da fé e da confiança total. Sua obediência no sacrifício de Isaac antecipa a entrega de Cristo.
  • Isaac (Gn 21–26): filho da promessa, confirma a bênção dada a Abraão. Visto pelos Padres como tipo de Cristo, carregando a lenha como imagem da Cruz.
  • Jacó (Gn 27–36): herda a bênção de Isaac. De enganador torna-se Israel, pai das 12 tribos. Sua luta com Deus revela a transformação pela graça.
  • José (Gn 37–50): vendido pelos irmãos, torna-se salvador no Egito. Figura de Cristo: rejeitado, humilhado e depois exaltado, fonte de vida para os povos.

Megatemas

  • Fé e obediência: Abraão crê sem ver, confiando na promessa.
  • Providência divina: Deus transforma o mal em bem (história de José).
  • Promessa e bênção: descendência, terra e aliança eterna.
  • Fragilidade humana: mentiras, enganos, rivalidades, mas sempre redimidos pela graça.

Como ler com o Theophilus

  • Cristo no centro: Isaac e José prefiguram o mistério pascal de Jesus.
  • Ouvir e rezar: a história dos Patriarcas ensina a confiar na providência e perseverar na fé.
  • Personagens e promessas: perceber como Deus age através de pessoas frágeis para realizar sua promessa.
  • Em comunhão com a Igreja: a tradição patrística interpreta os Patriarcas como sinais da revelação em Cristo.

Para aprofundar no encontro

  • Leituras da semana: Gênesis 12–50.
  • Materiais: PDF da apostila, slides, referências ao Catecismo e obras de arte bíblica.
  • Objetivo: aprender com os Patriarcas a viver a fé em meio às provações, reconhecendo a fidelidade de Deus que conduz a história da salvação.

A Aliança com Noé e a Eleição de Abraão

Resumo

Catecismo da Igreja Católica

Nos parágrafos 56–61 o Catecismo apresenta a progressiva revelação da economia da salvação. Deus, ao desfazer a unidade do gênero humano pelo pecado, não abandona a humanidade, mas intervém para salvá-la em cada uma de suas partes. A aliança com Noé inaugura uma relação universal, aberta a todos os povos. Com Abraão, Deus escolhe um povo específico, chamado a ser bênção para todas as nações e raiz de onde brotará a Igreja.

Temas centrais

  • Aliança com Noé: após o dilúvio, sinal da promessa divina de salvar a humanidade e restaurar a ordem da criação (Gn 9).
  • Eleição de Abraão: chamado a deixar sua terra para ser “pai de uma multidão de nações” (Gn 12; 17), em quem todas as famílias da terra serão abençoadas.
  • Povo eleito: descendentes de Abraão são depositários da promessa, preparando a unidade futura da Igreja em Cristo.

Como ler com o Theophilus

  • Universalidade: a aliança com Noé recorda que a salvação de Deus é para toda a humanidade.
  • Eleição: Abraão mostra que Deus escolhe instrumentos concretos para realizar seu plano.
  • Unidade: Israel prepara a reunião de todos os povos na Igreja.
  • Atualidade: a fé de Abraão é modelo de obediência e confiança para a vida cristã hoje.

O Sacrifício de Abraão e a Imagem de Deus

Resumo

Bíblia & Arte – O Sacrifício de Isaac

Na obra de Paolo Veronese (c. 1586), intitulada O Sacrifício de Isaac, vemos representada uma das passagens mais intensas do Gênesis (Gn 22,1-14). O artista retrata o momento dramático em que Abraão, obediente à voz de Deus, ergue a faca para imolar seu filho Isaac, sendo interrompido pelo anjo que anuncia a intervenção divina. A cena expressa a radicalidade da fé e a confiança absoluta no Senhor, mesmo diante de uma provação extrema.

A pintura, hoje no Museu de História da Arte em Viena, destaca-se pelo domínio da cor e da luz: o dourado e o verde das vestes de Abraão simbolizam a glória divina e a esperança renovada. A dramaticidade se intensifica nos gestos: a mão firme de Abraão, os pés em movimento e a expressão vulnerável de Isaac, encolhido e indefeso, revelam o peso do sacrifício exigido.

No fundo, os elementos narrativos reforçam a mensagem bíblica: o carneiro preso no matagal, que será oferecido em lugar de Isaac; o altar em ruínas, fumegando; as nuvens carregadas que traduzem a tensão espiritual. Tudo culmina no clamor divino – “Abraão, Abraão!” – que interrompe a ação e confirma a promessa: a fé obediente gera bênção e descendência.

Assim, Veronese não apenas ilustra um episódio, mas traduz visualmente a pedagogia de Deus: a fé provada torna-se caminho de aliança e salvação. A obra convida o olhar do fiel a contemplar a obediência de Abraão como antecipação do sacrifício redentor de Cristo, Filho amado entregue por amor.

Nesta segunda semana contemplaremos o Deus que chama, prova, conduz e transforma. A terra ficará para trás, mas Abraão seguirá confiando. Cada passo seu se tornará estrada de fé, guiando-o até a prova máxima. E eis que se fará ouvir do céu a voz do Altíssimo, que lhe falará: “Toma teu filho, teu único, Isaac, a quem amas, e oferece-o em sacrifício.” E Abraão, firme na obediência, subirá o monte com seu filho, carregando consigo o fogo, a lenha e o silêncio de um coração ferido. E quando o sacrifício parecia se consumar; quando o cutelo já se erguia sobre o filho, o Senhor erguerá a voz do céu e deterá a mão de Abraão, dizendo: “Agora sei que temes a Deus, pois não me negaste teu filho, teu único.” (cf. Gn 22,1-14). E ali, no Monte Moriá, a fé de Abraão será selada. Sua morte não será o fim, mas a abertura do caminho que Issac, seu filho, estará destinado a trilhar. Marcado pelo altar do sacrifício, Isaac crescerá aprendendo a confiar. Não será grande aventureiro como seu pai, mas guardará, cultivará e transmitirá o que lhe fora recebido. O Senhor lhe aparecerá, dizendo: “Eu sou o Deus de teu pai Abraão… Não temas, porque Eu estou contigo” (cf. Gn 26,24). Em tempos de seca, fome e escassez, perseverará em silêncio e em paz, crendo que Deus proveria. Seus filhos, Esaú e Jacó, revelarão o contraste entre o impulso humano e o desígnio divino, mostrando que Deus conduz a história segundo o mistério da sua eleição: não prevalecendo a força nem a primogenitura, mas o plano divino (cf. Gn 25,29-34). Jacó, homem de lutas e encontros, tentará vencer com suas próprias forças, mas entre erros e acertos, experimentará a graça de Deus que transforma: de enganador a enganado, se tornará Israel, pai de doze filhos, que se tornarão as tribos do povo eleito. Entre os filhos de Jacó estará José. Jovem que sonhará alto e com propósito, mas seu chamado despertará inveja. Traído por aqueles que deveriam amá-lo, será vendido a mercadores que o levarão ao Egito. Longe da família, da terra que o viu nascer e dos sonhos que carregava no coração, será lançado no vale do sofrimento. Comprado por Putifar, oficial de Faraó, será humilhado, esquecido e ferido, mas jamais abandonado por Deus, que guia a história (cf. Gn 37). Eis, aí, o caminho dos patriarcas da esperança.

Ficou com alguma dúvida?

Nos diga abaixo que iremos te responder em nosso próximo encontro ou em nossa página de DÚVIDAS (clique aqui)

Exemplo: Encontro de Domingo - Gênesis 38-50