Primeiro livro da Bíblia e do Pentateuco. Apresenta os começos: do mundo, da humanidade, do pecado e da história da salvação que Deus conduz por alianças (Noé, Abraão) até os patriarcas. É a porta de entrada para toda a Escritura.
Dados essenciais
Língua original: Hebraico (com traços aramaicos)
Títulos: Γένεσις (gr.), Genesis (lat.), Bereshit (heb.) — “no princípio”
Coleção: Pentateuco / Torá
Autoria/tradição: Moisés e tradição oral/escrita do povo de Israel
Cenários: Mesopotâmia, Canaã, Egito
Horizonte histórico: das origens à época dos patriarcas
Megatemas (palavras-chave)
Começos; Desobediência e Pecado; Aliança e Obediência; Prosperidade; Israel; Rivalidade entre irmãos.
Nomes de Deus em Gênesis (exemplos)
Elohim (Deus), YHWH Elohim (SENHOR Deus), El Elyon (Deus Altíssimo), El Shaddai (Deus Todo-Poderoso), Deus Eterno, “Deus que me vê”.
Criação e paraíso (Gn 1–3): obra dos seis dias; criação do homem e da mulher; queda.
Primeiras gerações (Gn 4–6): Caim e Abel; descendências; “filhos de Deus e filhas dos homens”.
Dilúvio e nova aliança (Gn 6–9): corrupção, arca de Noé, saída, arco-íris e nova ordem.
Depois do dilúvio (Gn 9–11): tábua das nações; torre de Babel; genealogias até Abraão.
Ciclo de Abraão (Gn 12–25)
Vocação e promessas; aliança e circuncisão; intercessão por Sodoma; sacrifício de Abraão; nascimento de Isaac; bênçãos e sepultamentos.
Isaac e Jacó (Gn 25–36)
Esaú e Jacó; direito de primogenitura; sonho de Jacó; Labão, casamentos e filhos; luta com Deus; reconciliação com Esaú; violência em Siquém; nascimento de Benjamim; doze tribos.
José e os irmãos; venda ao Egito; tentação e prisão; interpretação dos sonhos; fome e reencontro; descida de Jacó ao Egito; bênçãos finais; morte de Jacó e de José.
Cristo no centro: ler Gênesis à luz do Evangelho e da história da salvação.
Ouvir e rezar: deixar que as alianças (Noé, Abraão) iluminem a aliança nova em Cristo.
Personagens e promessas: seguir patriarcas, provações e fidelidade de Deus.
Em comunhão com a Igreja: recorrer ao Catecismo e aos Padres para as passagens difíceis.
Leituras da semana: capítulos indicados no plano (ver “Materiais do encontro”).
Materiais: PDF (roteiro), slides, citações do CIC e obras de Bíblia & Arte.
Objetivo: crescer na fé com clareza, constância e comunidade.
O ciclo dos Patriarcas (Gn 12–36) introduz a figura de Abraão, pai da fé, chamado por Deus para deixar sua terra e receber uma promessa de bênção e descendência. Essa parte de Gênesis marca o início da história da salvação em chave pessoal e familiar: Deus se revela, faz alianças e guia Seu povo. O relato mostra a fé em meio a provações, a fidelidade de Deus e os caminhos da promessa que se cumprem através de Abraão, Isaac e Jacó.
Dados essenciais
Língua original: Hebraico
Personagem central: Abraão (pai da fé), seguido por Isaac e Jacó
Tema principal: a promessa divina de terra, descendência e bênção
Palavras-chave: fé, aliança, promessa, obediência
Cenários: Harã, Canaã, Egito, Gerara
Horizonte histórico: patriarcal (c. XIX–XVIII a.C.)
Megatemas (palavras-chave)
Chamado e vocação; fé e confiança; promessa e descendência; alianças; obediência radical; intercessão; fidelidade de Deus.
Ciclo de Abraão (Gn 12–25): vocação; promessas de terra e descendência; aliança e circuncisão; intercessão por Sodoma; nascimento de Isaac; sacrifício de Abraão; morte e sepultamento.
Ciclo de Isaac e Jacó (Gn 25–36): nascimento dos gêmeos Esaú e Jacó; disputa pela primogenitura; sonho de Jacó; casamentos e filhos; luta com Deus; reconciliação com Esaú; violência em Siquém; doze tribos de Israel.
Cristo no centro: Abraão é figura da fé cristã; sua obediência e confiança apontam para a entrega total de Cristo.
Ouvir e rezar: a promessa feita aos Patriarcas alcança seu cumprimento na Nova Aliança em Cristo.
Personagens e promessas: perceber como Deus se revela fiel às alianças, mesmo diante das falhas humanas.
Em comunhão com a Igreja: ler à luz do Catecismo e dos Padres, reconhecendo Abraão como “pai de todos os que creem”.
Leituras da semana: Gênesis 12–36.
Materiais: PDF do roteiro, slides, trechos do Catecismo e obras de arte relacionadas.
Objetivo: fortalecer a fé aprendendo com Abraão, Isaac e Jacó a viver a obediência, a confiança e a perseverança.
O ciclo dos Patriarcas (Gn 12–50) apresenta a história de Abraão, Isaac, Jacó e José, figuras centrais na formação do povo de Deus. Neles, a fé, as fragilidades humanas e a fidelidade divina se encontram, mostrando como Deus conduz a história por meio de alianças, promessas e bênçãos. A vida dos patriarcas é uma escola de fé, confiança e perseverança, preparando a revelação plena em Cristo.
Dados essenciais
Nos parágrafos 56–61 o Catecismo apresenta a progressiva revelação da economia da salvação. Deus, ao desfazer a unidade do gênero humano pelo pecado, não abandona a humanidade, mas intervém para salvá-la em cada uma de suas partes. A aliança com Noé inaugura uma relação universal, aberta a todos os povos. Com Abraão, Deus escolhe um povo específico, chamado a ser bênção para todas as nações e raiz de onde brotará a Igreja.
Temas centrais
Na obra de Paolo Veronese (c. 1586), intitulada O Sacrifício de Isaac, vemos representada uma das passagens mais intensas do Gênesis (Gn 22,1-14). O artista retrata o momento dramático em que Abraão, obediente à voz de Deus, ergue a faca para imolar seu filho Isaac, sendo interrompido pelo anjo que anuncia a intervenção divina. A cena expressa a radicalidade da fé e a confiança absoluta no Senhor, mesmo diante de uma provação extrema.
A pintura, hoje no Museu de História da Arte em Viena, destaca-se pelo domínio da cor e da luz: o dourado e o verde das vestes de Abraão simbolizam a glória divina e a esperança renovada. A dramaticidade se intensifica nos gestos: a mão firme de Abraão, os pés em movimento e a expressão vulnerável de Isaac, encolhido e indefeso, revelam o peso do sacrifício exigido.
No fundo, os elementos narrativos reforçam a mensagem bíblica: o carneiro preso no matagal, que será oferecido em lugar de Isaac; o altar em ruínas, fumegando; as nuvens carregadas que traduzem a tensão espiritual. Tudo culmina no clamor divino – “Abraão, Abraão!” – que interrompe a ação e confirma a promessa: a fé obediente gera bênção e descendência.
Assim, Veronese não apenas ilustra um episódio, mas traduz visualmente a pedagogia de Deus: a fé provada torna-se caminho de aliança e salvação. A obra convida o olhar do fiel a contemplar a obediência de Abraão como antecipação do sacrifício redentor de Cristo, Filho amado entregue por amor.
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